domingo, 15 de setembro de 2013

Rei Henrique II e Diane de Poitiers

Rei Henrique II e Diane de Poitiers





Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d5/DianedePoitiers.jpg
Diane de Poitiers


      Nem mesmo o tempo foi capaz de apagar da história da França a lembrança do intenso relacionamento amoroso entre o rei Henrique II e Diane de Poitiers, tampouco as intrigas da corte francesa, ou o poder da rainha Catarina de Médicis, com quem Henrique foi casado, conseguiram separar o casal que permaneceu unido até a morte de Henrique em 1559.
      A história de Henrique e Diane teve início muito antes do caso amoroso entre eles. A bela  jovem de dezenove anos, Diane de Poitiers fazia parte da corte do rei Francisco I, pai de Henrique, quando este  menino, que se tornaria rei da França, nasceu. Diana que era dezenove anos mais velha do que Henrique foi sua dama de companhia quando o menino, então com sete anos, foi entregue juntamente com seu irmão mais velho Francisco, como parte de uma negociação politica entre seu pai e Carlos V, rei da Espanha. O laço de amizade e cumplicidade entre ambos teve início nesta época. O fim do cativeiro dos dois irmãos aconteceu quando o rei Francisco I pagou uma quantia em ouro ao rei espanhol e aceitou se casar com Eleonora, sua irmã.
     Em 1931, morre Louis de Brezé, esposo de Diana, e a bela aristocrata, então com trinta e um anos, passou a ser a mulher mais desejada pelos homens bem nascidos da corte, porém ela estava decidida a manter o luto não se casando novamente. A figura de Diana de Poitiers era a de uma mulher que encantava a todos, mas não se envolvia com nenhum de seus pretendentes.
      Henrique II, por razões políticas, casou-se com Catarina de Médicis que era sobrinha do papa Leão X. Catarina não era uma jovem bela, mas era culta e tinha especial interesse por ciências como astronomia e física e sua inteligência encantava a todos na corte, exceto seu marido que não tinha olhos para outra mulher que não fosse Diana. Aproximadamente três anos após o casamento com Catarina, Henrique finalmente consegue tornar-se amante de Diana, a quem amava havia muito tempo. Henrique tinha então dezenove anos e Diana estava com trinta e oito anos.
     Após a morte do rei Francisco I e de seu irmão mais velho e sucessor do trono, Henrique se tornou o rei da França, aos vinte e oito anos. Em seu governo, Catarina não tinha uma participação expressiva, ao contrário de Diana que sempre ao lado do rei o aconselhava e o acompanhava em todas as decisões. A influência de da amante era tão forte que o rei passou a usar roupas em preto e branco, em referência as cores do luto que Diana vestia por ser viúva, e criou um monograma composto pelas letras “H” e “D” entrelaçadas. Este monograma foi gravado em diversas partes do castelo, até mesmo na fachada. Outra forma de homenagear a amada que Henrique encontrou foi encomendar várias esculturas da deusa da caça Diana, com seus símbolos como o arco e flecha, que fizeram parte da decoração do castelo. Mas talvez a maior evidência do quanto o casal Henrique e Diana estava entrosado, tivesse sido a maneira com que os dois encontraram para que o rei conseguisse cumprir suas obrigações com sua legítima esposa e garantir um herdeiro ao trono da França: Henrique II iniciava sua noite nos aposentos de Diana e após alguns momentos dirigia-se ao quarto de Catarina para cumprir seus deveres num ato quase político. Mas o rei sempre terminava a noite no quarto de sua estimada amante. Esta medida surtiu o efeito desejado, pois o casal real da França teve dez filhos.




Descrição: Henry II of France..jpg

Henrique II


      Diana além de sua personalidade forte e enigmática, que a tornava uma espécie de femme fatale da época, também era conhecida e admirada por seus cuidados com a beleza. A amada do rei jamais descuidava da dieta, dos exercícios físicos e criava fórmulas de cremes para hidratar e manter a pele sempre jovem. Uma de suas receitas mais conhecidas era uma curiosa mistura de carne moida  de pomba com suco de pepino, manteiga, açúcar e flor-de-lis e vinho branco. Outro recurso adotado por Diana para manter-se jovem era uma mistura de água com ouro em pó, a qual ela chamava “Elixir da Beleza Eterna”.
     Esta bela e ousada história de amor só teve fim com  a morte de Henrique em 1559. O rei da França durante um torneio realizado em comemoração ao casamento de sua filha mais velha foi atingido por uma lança que atravessou a viseira do elmo que estava usando, perfurou seu olho e atingiu seu cérebro.
      Após dez dias agonizando, Henrique II faleceu, e mesmo tendo chamado por sua amada Diana, não lhe foi permitido que a visse mais uma vez, pois Catarina começaria a vingança contra sua rival, que culminaria com a apreensão de todos os presentes que Henrique havia dado para a amante, incluindo o belo castelo Chenonceau, situado no Vale do Loire. Diana refugiou-se no castelo D´Adnet, propriedade que havia pertencido ao seu marido e permaneceu no local até a sua morte que aconteceu em 25 de abril de 1566. A bela amante do rei Henrique II morreu devido à intoxicação pelo ouro, causada pelo consumo de seu famoso “Elixir da juventude”. Aos sessenta e um anos, idade em que faleceu, Diana ainda era uma mulher jovem e bela e que ainda causava despertava a ira da rainha Catarina, que sofreu com o desprezo do marido por mais de vinte e três anos. Mesmo séculos depois da morte do rei Henrique II e de sua amada Diana, o Castelo de Chenonceau, cenário desta bela história de amor, ainda atrai milhares de turistas da França e de outras partes do mundo.


Descrição: http://www.viagensimagens.com/cast_chenonceau_04.jpg
Castelo de Chenonceau




Referências:
http://www.chenonceau.com/


Nenhum comentário:

Postar um comentário